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LEMBIOTECH

Laboratório de Ecologia Microbiana e Biotecnologia

Novos vírus gigantes identificados no Brasil

Um tipo de vírus descoberto no início de 1990 e desde então encontrados em vários locais, desafiou os conceitos de microbiologistas com relação a este agente infeccioso, como resultado de seu tamanho e complexidade.

Os chamados "vírus gigantes" (a maioria dos vírus são cerca de 100 vezes menor) é um micro-organismo que é maior do que algumas bactérias, e seu genoma pode ter mais de 1,2 milhões de pares de base. Alguns dos vírus gigantes isolados no Brasil por pesquisadores do Grupo de Estudos de Prospecção de Vírus gigantes (GEPViG) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foram apresentados em uma palestra no Simpósio Internacional realizado na FAPESP Biota Micro-organismos em 29 de abril de 2014.

"Nós conduzimos estudos sobre a diversidade desse tipo de vírus no Brasil, acerca de sua evolução e a relação que estes agentes têm com seus hospedeiros e o sistema imunológico do corpo humano", Jônatas Abrahão, professor da UFMG e um dos pesquisadores da GEPViG.

Abrahão explicou que um vírus gigante foi isolado em 1992 a partir de uma torre de água de refrigeração em um hospital em Bradford, Inglaterra, mas foi inicialmente identificado incorretamente como uma bactéria e Associada com amebas. Foi apenas em 2003 que um grupo de pesquisadores da Université de la Méditerranée, em Marselha, França, publicou um artigo na revista Science, identificando o micro-organismo como um tipo de vírus chamado de Mimivírus. Desde então, outros vírus gigantes como o Pandoravirus dulcis, foram identificados.

Este ano na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) foi descrito um vírus gigante, Pithovirus sibericum, que foi isolado de solos da Sibéria depois de ser congelado por mais de 30.000 anos. O vírus Samba (SMBV), o primeiro vírus gigante isolado no Brasil, foi encontrado no rio Negro na Amazônia em 2011. O vírus, nomeado para um dos gêneros mais reconhecidos da música brasileira, teve seu genoma completo sequenciado em 2012 por pesquisadores da UFMG, em parceria com colegas da Universidade Aix-Marseille, na França. As análises de sequenciamento do genoma do vírus gigante isolado no Brasil foram descritos em um artigo publicado recentemente na Virology Journal. Outros vírus identificados pela UFMG foram o Cipó, encontrado no Parque Nacional Serra do Cipó, e o vírus Niemeyer encontrado na Lagoa da Pampulha, no estado de Minas Gerais. Apesar de algumas semelhanças, as amostras dos dois vírus gigantes isolados no Brasil revelaram diferenças morfológicas e genômicas.

"Onde há amebas, especialmente do gênero Acanthamoeba, é possível encontrar este tipo de vírus. Uma vez que existem amebas a nível mundial - até mesmo nos solos gelados da Sibéria - estamos muito susceptíveis de encontrar vírus gigantes em todos os lugares do mundo.", disse Abrahão.

 

The article “Samba virus, a novel mimivirus from a giant rain forest, the Brazilian Amazon” (doi: 10.1186/1743-422X-11-95) by Abrahão and colleagues may be read in Virology Journal at www.virologyj.com/content/11/1/95.

The article “Mimivirus circulation among wild and domestic mammals, Amazon region, Brazil” (doi: 10.3201/eid2003.131050), also by Abrahão and colleagues, may be read in the journalEmerging Infectious Diseases at  wwwnc.cdc.gov/eid/article/20/3/13-1050_article.htm.

Fonte: http://agencia.fapesp.br/en/19205

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