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LEMBIOTECH

Laboratório de Ecologia Microbiana e Biotecnologia

Os avanços na prevenção e na detecção da biocorrosão na industria petroleira

O Brasil atualmente tem uma exportação de 580 mil barris por dia e estima-se que, para 2020, a empresa Petrobras estará produzindo no Brasil 4,9 milhões de barris por dia.

Fica evidente o papel de destaque que o Brasil desempenha de forma progressiva na geopolítica e na economia do petróleo mundial. Paralelamente, outros questionamentos decorrentes da indústria petroleira vêm à tona, como os vazamentos de petróleo causados pela biocorrosão. Além do componente ambiental, as companhias de petróleo podem ter grandes prejuízos financeiros causados pela biocorrosão.

Segundo Hueck (1969), a biocorrosão é qualquer alteração indesejável nas propriedades de um material, causada por atividades vitais de um organismo vivo. A biocorrosão ocorre em estruturas metálicas submersas e em tubulações que transportam água e outras substâncias. Derramamentos ocasionados pela ruptura dessas tubulaçoes estão sendo foco de pesquisas, visando solucionar e controlar este problema na produção, estocagem e transporte de gás e petróleo. A biocorrosão está se tornando mais frequente, sendo considerada um fator de risco nestas operações industriais. A corrosão microbiana em tubulações depende da manutenção, tipo de material que passa pelas tubulações, temperatura, pH, luminosidade, concentração de carbono e nitrogênio orgânico total. As estruturas metálicas em contato com o solo também sofrem biocorrosão. A participação de micro-organismos aeróbios e anaeróbios, que podem crescer de forma individual e em biofilmes com seus produtos metabólicos, são os principais agentes e fatores envolvidos no processo de biocorrosão.

Com a intensificação dos estudos sobre o assunto, a cada ano têm surgido novas técnicas para prever e evitar seus danos. Cientistas da University of Arizona, em Tucson - EUA, concluíram uma pesquisa que procura criar métodos para dar maior precisão e rapidez às estimativas sobre os riscos da corrosão em certos tipos de ligas metálicas. Assim é possível desenvolver técnicas para predizer por quanto tempo e sob quais condições essas ligas metálicas resistirão. Essas técnicas permitem a criação de uma espécie de "prazo de validade" das estruturas, um período além do qual elas deverão ser avaliadas com um maior cuidado ou, no caso de operações críticas, como em usinas nucleares, serem simplesmente substituídas.

Hoje, são usados diversos métodos para prevenir a corrosão, sendo quase todos baseados em ações práticas da engenharia, como o controle do Ph das estruturas, a utilização de revestimentos protetores de materiais e o isolamento elétrico. Já existe tecnologia para fazer esse trabalho de maneira mais integrada e eficiente. E o Brasil, na dianteira da exploração de petróleo no mar, é pioneiro nessa tecnologia, tendo desenvolvido, no âmbito da Petrobras, um software que não existe em nenhum outro lugar do mundo.Esse software é capaz de mapear plataformas e navios em 4D e de antecipar à corrosão, prevendo a necessidade de reparos. E, como em tudo que envolve tecnologia, a tendência é que seu uso em larga escala transcenda a aplicação original para outros setores fortemente afetados pela corrosão, como parques industriais, e traduza na diminuição dos custos em geral associados ao problema.

adaptado de: http://www.microbiologia.ufrj.br/

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